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MONUMENTO
À LIBERDADE

A representação de  três mãos erguidas homenageia a energia vital das pessoas que trabalharam na mudança de um regime opressor para um país democrático.

Aqui podes fazer uma visita guiada a esta obra de arte pública. Assiste ao vídeo.

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A OBRA

Sobre esta obra de arte pública, materiais utilizados e opções estéticas do autor.

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O TEMA: A LIBERDADE

Sobre o tema desta obra e o seu significado.

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O LOCAL

Sobre a localização da obra e o seu espaço envolvente.

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RECURSOS

Disponibilizamos materiais de apoio aos professores e bibliografia.

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O AUTOR

Sobre Jorge Vieira, o autor deste monumento de Arte Pública.

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A OBRA

A OBRA

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Autor: Jorge Vieira

Inauguração: 1999 

Material: Aço corten

Dimensões: 8m de altura

MONUMENTO À LIBERDADE

Trata-se de um grupo escultórico de grande escala, representando três mãos erguidas.

Um trio de braços rematados em mãos firmes e energicamente abertas irrompe da uniformidade da terra e nela se sustenta a partir de uma base de esquema compositivo triangular.

O ritmo é ascendente e pronunciadamente vertical. A figuração é, a nível anatómico, fortemente sintetizada. As volumetrias são recortadas, mas sobressai uma estrutura relevada nas linhas das palmas das mãos de orgânica formal reticulada.

No testemunho da viúva do escultor, trata-se do seu «Levantados do Chão», pela evocação da «força do antifascista, como se nascesse, como se brotasse da terra» para derrubar as opressões à liberdade dos cidadãos. Propõe-se, assim, uma homenagem à energia vital dos homens e mulheres que impulsionaram e consolidaram a mudança de um regime opressor para um país democrático.

No âmbito de esculturas anteriores de Jorge Vieira, o discurso de Monumento à Liberdade revela certa continuidade formal, sobretudo no que toca à escala e ao material férreo. Todavia, ainda que distante de desígnios academistas e reflexo de experimentações reformuladoras, o Monumento possui um carácter eminentemente figurativo. Esse traço difere da produção abstrata e autoreferencial de Vieira que tinha acompanhado o fenómeno europeu. Isto porque a transição da estética conservadora das encomendas do Estado Novo para linguagens mais contemporâneas no espaço público se fez muito gradualmente.

Monumento à Liberdade

Fotografia: Catarina Pé-Curto

O LOCAL

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Aqui podes conhecer melhor a localização da obra e o seu espaço envolvente.

PARQUE URBANO COMANDANTE JÚLIO FERRAZ,
ALMADA 

O Monumento à Liberdade situa-se no parque urbano Comandante Júlio Ferraz, a principal zona verde da cidade de Almada. Trata-se de amplo espaço relvado e arborizado, em declive exposto a sul, que foi implantado pelo município no final da década de 1970. É um local importante para a população, que aqui desfruta do sol e da sombra de grandes árvores. Em dias de festa há concertos e assiste-se a fogo de artifício.

 

Ao lado do parque urbano há duas escolas: a Secundária Emídio Navarro (antiga Escola Industrial e Comercial) e a Básica D. António da Costa (antiga Escola Preparatória), ambas da década de 1950 e com presença muito forte na história do ensino em Almada.

Além da obra de Jorge Vieira existem no relvado duas esculturas em ferro pintado, de Julie Livsey - Just a kiss away [Chegando] - Porta I; e Just a kiss away [Chegando] Porta II. Estes trabalhos resultaram do percurso escolar da artista no Ar.Co. – Centro de Arte e Comunicação, e tiveram a colaboração de trabalhadores da Lisnave. A escultora inglesa passou por Portugal ao abrigo de um intercâmbio entre a Southern Arts e a Fundação Calouste Gulbenkian.

Parque Comandante Júlio Ferraz

Fotografia: Catarina Pé-Curto

O AUTOR

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Aqui podes conhecer melhor o autor desta obra.

JORGE VIEIRA / ESCULTOR

Licenciado em Escultura na Escola de Belas Artes de Lisboa, integrou a chamada Terceira Geração de artistas modernistas portugueses. Participou em duas Exposições Gerais de Artes Plásticas, importantes centros do modernismo em Portugal. Chegou a expor individualmente na Sociedade Nacional de Belas Artes e a ser premiado em Londres, pelo Instituto de Arte Contemporânea desta cidade, pela sua participação no Concurso Internacional de Escultura com a maquete de Monumento ao Prisioneiro Político Desconhecido (1953), obra condenada por um regime ditatorial que impunha clandestinidade à vanguarda estética e politicamente comprometida.

Artista desde cedo politicamente envolvido, esteve ligado ao MUD Juvenil e ao Partido Comunista Português, partido com o qual colaborou intensamente.

Tendo sofrido falta de confiança política que durante algum tempo lhe negou o acesso a determinados cargos, passou, após o 25 de Abril, a lecionar nas Escolas de Belas Artes do Porto e de Lisboa.

A partir da década de 90 desenvolveu um conjunto de encomendas públicas de grandes dimensões que marcam fortemente os espaços urbanos em que se encontram implantadas. É disto exemplo o Monumento à Liberdade, mas também o Monumento ao Prisioneiro Político Desconhecido (1994) em Beja e Homem Sol (1998) em Lisboa.

Liberdade surge no percurso artístico do escultor como uma das suas últimas obras, tendo sido, inclusivamente, postumamente concluída pela sua esposa e herdeira, a escultora Noémia Cruz. A peça foi concebida em vida do artista, tendo as ideias sido deixadas em esboços, desenhos e maquetas. A execução e implantação ficaram sob orientação e acompanhamento da escultora nos quatro meses que sucederam o falecimento do artista.

A LIBERDADE

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Aqui podes conhecer melhor o tema e significado que esta obra pretende transmitir.

ARTE EM NOME DA LIBERDADE

Esta obra, evocativa dos 25 anos do 25 de Abril, inaugurada neste feriado, insere-se num contexto de influxo de encomendas de celebração dos valores de Abril por todo o território nacional. Trata-se de um dos monumentos que, no distrito de Setúbal, se associa à história de luta de um povo operário. Assim, consubstancia a vontade dos poderes públicos de preservação de testemunhos que se entendem essenciais à memória coletiva.

Uma visão de conjunto permite encontrar, não só no concelho, mas em todo o distrito, monumentos comemorativos do 25 de Abril, dos homens e mulheres resistentes antifascistas e do poder local. Em Almada contam-se, dentro destas temáticas, por exemplo, o Busto do Dr. Alberto Araújo (1974) e Os Perseguidos (1979), além do conjunto de 11 peças distribuídas pelas 11 freguesias do concelho, dedicadas exatamente ao Poder Local Democrático.

Almada, onde se instalou uma importante estrutura industrial do Estado Novo, a Lisnave, e cuja população marcou presença indelével nos movimentos de oposição democrática ao regime de Salazar, veio a afirmar um programa coerente e sistemático de arte pública veiculadora de valores democráticos.

Curiosa é também a opção pela iconografia das mãos. Outras peças escultóricas apelativas de valores no mesmo campo ideológico representam também esta tão expressiva parte do corpo humano. É o caso do Monumento ao Trabalho (1993), junto à Avenida Bento Gonçalves, igualmente em Almada, da autoria de José Aurélio. Aqui, duas mãos surgem entrelaçadas, construídas também em chapas de aço corten, num gesto rico em força, dignidade e união.

Também Monumento aos Resistentes Antifascistas (1998), na rotunda do Fogueteiro, desta vez no concelho do Seixal e de gramática formal ligeiramente diferente e pontuado por bastante cor, se define por um grupo de mãos que se abre dinamicamente para fora.

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